Segundo o Novo Mapa das Religiões,
coordenado pelo pesquisador Marcelo Néri, os católicos passaram de 73,8%
da população em 2003 para 68,4% em 2009 – uma queda de 5,4 pontos
percentuais.
Ao mesmo tempo, os evangélicos passaram a
representar 20,2% da população, contra 17,9% em 2003. O grupo dos “sem
religião” (ateus e agnósticos), que era de 5,1% em 2003, subiu para 6,7%
em 2009.
O levantamento foi feito a partir de dados de mais de 200 mil entrevistas da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do IBGE.
A queda na participação dos católicos na
população vem sendo lenta, porém constante, desde o início do século
passado, mas havia se mantido estável na medição anterior da FGV, entre
2000 e 2003.
“Chegamos em 2009 ao menor nível de
adeptos ao catolicismo na nossa história estatisticamente documentada”,
diz o estudo. “Observamos a queda na proporção de católicos em todas as
faixas etárias. Essa mudança foi menor para os grupos com idade mais
avançada e maior entre os jovens.”
Tal redução abriu espaço tanto para ateus e agnósticos como para outras crenças.
“A (igreja evangélica) Assembleia de
Deus já é a segunda maior igreja do Brasil (em número de adeptos), com
grande importância nas classes D e E”, explicou Marcelo Néri à BBC
Brasil. “E a crença espírita já é a segunda maior na classe AB.”
No caso dos evangélicos, o crescimento
relativo de adeptos se dá em todas as faixas etárias, embora de maneira
mais pronunciada entre os jovens.
Na emergente classe C, os evangélicos representam 21,5% da população – mais do que a média nacional (20,2%).
Religiões no Brasil
- Os católicos passaram de 73,8% da população em 2003 para 68,4% em 2009
- Os evangélicos passaram de 17,9% em 2003 para 20,2% em 2009
- Os sem religião passaram de 5,1% em 2003 para 6,7% em 2009
Fonte: BBC Brasil
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